Com tecnologia e empreendedorismo, brasiliense transforma a realidade no Complexo do Alemão
- Mariana Veil
- 2 de dez. de 2018
- 11 min de leitura
Thamyra Thâmara mostra que a periferia pode ser protagonista quando o assunto é produção de conhecimento e inovação tecnológica

Uma vez que se instala o gosto por empreender, nada pode parar essa onda. Organizações sociais geram inovação e produzem riqueza onde há muita pobreza em evidência. Thamyra Thâmara desembarcou na cidade maravilhosa aos 22 anos. O motivo principal era o desejo constante de potencializar as vozes da comunidade. Nascida numa cidade-satélite em Brasília, no Gama, sempre entendeu muito bem a dinâmica das periferias. Ao chegar no Rio de Janeiro, acabou firmando residência no Complexo do Alemão, lugar onde fez os primeiros amigos e conheceu o futuro marido.
Jornalista de formação, ela sempre viu a tecnologia como uma aliada fundamental no desenvolvimento da sociedade e no aprimoramento do dia-a-dia. Uma coisa que chamava sua atenção era o famoso complexo de vira-lata de sempre achar que o que a periferia produzia era um ‘jeitinho brasileiro’, e nunca uma inovação. Querendo expandir essa reflexão e impactar o ambiente em que morava, Thamyra decidiu criar um espaço de coworking na favela para desenvolver trabalhos de impacto social. Surge a “Casa Brota”, onde hoje ela também mora com o marido. Além disso, também idealizou o “GatoMídia”, um projeto de convivência e aprendizado em mídia e tecnologia para jovens, e tem um canal com o marido no YouTube, o “Favelados pelo Mundo”, com dicas para gastar pouco em viagens e registros da perspectiva de uma pessoa de periferia.
THAMYRA, COMO FOI SUA VINDA PARA O ALEMÃO E COMO ERA SUA VIDA LÁ NO GAMA, EM BRASÍLIA?
Thamyra: Eu fiz faculdade de jornalismo numa faculdade participa em Brasília. Tinha feito vestibular na UFRJ, passei, mas meus pais tinha uma ideia ruim do Rio e não me deixaram ir. Nos quatro anos da faculdade, a ideia de pesquisar sobre comunicação comunitária foi amadurecendo em mim. Mas a minha única referência de comunicação comunitária era na escola ou vendo pela TV as grandes ONGs que tinham na época, CUFA, Afroreggae.
Meu projeto final foi sobre o Observatório de Favela e sobre os fotógrafos que mostravam a favela a partir da cultura. Eu já tinha vindo no Rio duas vezes, escrevi sobre isso e fotografei algumas favelas por aqui. Quando eu me formei, decidi me mudar para o Rio para buscar coisas novas, morar em lugar que tinha praia e continuar minha pesquisa na periferia.
Desde o primeiro ano da faculdade, eu fiz estágio. Aí me formei em julho, e em agosto me mudei para cá com o dinheiro que eu tinha juntado. Fiquei morando numa República em Santa Tereza. No primeiro mês, já entrei em contato com vários projetos das favelas e comecei a trabalhar como voluntária no Voz da Comunidade, com o Rene (Silva). Mas, quando tinha alguma coisa acontecendo no Alemão, até eu sair lá de Santa Tereza e chegar lá, já perdia a matéria, porque a coisa estava acontecendo na hora. Além disso, por ser de periferia, apesar de que a periferia não é tudo igual e a favela no Rio tem estrutura diferente, principalmente na questão do armamento, eu entendia aquilo e era o lugar que cabia no meu bolso. As primeiras pessoas que fiz relações afetivas no Rio foram do Alemão, aí no segundo mês eu já me mudei para lá. Em 2011, tinha acabado de ter a ocupação e eu entrei em vários projetos como bolsistas e isso foi me mantendo até de fato eu ter uma rede de trabalho aqui.

O QUE MAIS TE MOTIVOU A PESQUISAR E SEGUIR PELO JORNALISMO COMUNITÁRIO?
T: É uma possibilidade de poder contar tanto a minha história como outras histórias que já tem voz. Eu não gosto muito dessa coisa de ‘te dar voz’. Ninguém dá voz a ninguém. A pessoa já tem voz. Mas como isso pode ser ampliado e visibilizado? Eu adoro escrever e você poder escrever para potencializar o já existe é o que mais me motivou em trabalhar com jornalismo comunitário.
E ALGUMA COISA TE DESMOTIVOU A SEGUIR A CARREIRA?
T: No primeiro ano que mudei para cá, eu quase voltei pra Brasília, porque não tinha mais dinheiro para me manter aqui. Apesar de ser da periferia de Brasília e ter muita coisa diferente, eu criei afinidade muito grande com as pessoas e comecei a fazer parte daqui. Continuei firme e as coisas foram acontecendo aos poucos. O Alemão é a minha segunda casa hoje.

VOCÊ SEMPRE GOSTOU DE ESTUDAR? ESTUDAVA EM ESCOLA PÚBLICA?
T: Estudei em escola pública todos os anos. Sempre gostei de estudar, e gostava mais ainda de ler e escrever. Como a maioria das casas de periferia, minha família não tinha tanta referência de livros. Sou a primeira geração que foi para a universidade. Se eu soubesse que pudesse fazer uma faculdade de escritora, eu teria escolhido ser escritora do que jornalista. Gosto muito de escrever crônica.

Em que momento, você percebeu que você ia levar a tecnologia profissionalmente na vida?
T: Eu não vejo a tecnologia só como alta tecnologia, hightec. Eu vejo muito as gambiarras e baixa tecnologia, que é o que mais se vê nas favelas brasileiras. Os gatos das favelas e periferia são vistos como ilegal e jeitinho brasileiro, mas nunca é visto como uma forma de inovação dentro de um ambiente de escassez e ausência do Estado. A tecnologia sempre esteve presente na minha vida nesse sentido de criar inovações para o dia-a-dia. Tecnologia não é só robô, a própria escrita também tem esse papel. Escrever também é uma ferramenta de tecnologia social.

Para mim, pensar a tecnologia vem primeiro a partir da comunicação escrita, depois pensando as ferramentas do audiovisual. A medida que fui trabalhando com isso foi chegando mais o conhecimento da alta tecnologia e também o entendimento de que era necessário. Quando a gente começou, tinha somente o entendimento de que existem as plataformas e a gente precisa escrever a narrativa nessas plataformas. Texto para o blog, vídeo para o YouTube. Com o tempo veio o entendimento que era necessário não só saber fazer o download do vídeo, mas como criar a plataforma. A gente ter o poder de ter o conhecimento de criar um Facebook com outro nome. Criar códigos também é poder. Isso é uma demanda do nosso tempo. As pessoas querem falar por si mesmo. Se a gente está falando de representatividade, também estamos falando de poder. A tecnologia não é neutra, ela tem narrativa. Quem está criando tecnologia hoje? A maioria de homens, brancos, classe média alta. Então, é muito importante e revolucionário ter mulheres negras, pessoas de periferias, gays, trans, criando tecnologia também.

COMO FOI COLOCAR ESSA IDEIA NA PRÁTICA?
T: Desde 2013 com o projeto do GatoMídia. Ele começou como formação dos meios, escrita, produção de livros, criação de roteiros, fotografia e toda a parte de mídias sociais. Depois a gente foi ampliando e hoje temos oficina de programação e criação de jogos online. Estamos pensando já o futuro, pois a profissão do futuro está muito voltada para a gameficação. Quem entende de programar e design de jogos, vai ter muita oportunidade para o futuro. De alguma forma, a gente foi transformando a ideia da comunicação não só para a parte militante, mas também para as pessoas terem acesso as ferramentas como autonomia. É tão político ter essas pessoas de periferia trabalhando e ganharam dinheiro com tecnologia. O acesso à tecnologia é tanto para narrativa quanto para a autonomia.
O QUE É O GATOMÍDIA?
T: GatoMídia é uma agência de comunicação que pensa o ecossistema, pensa em como renovar o mercado de comunicação. Trabalhamos na área de informação e formação. Temos uma parceria com a agência Naya, uma agência só de mulheres com idealização da Marcela Lisboa. É muito importante para que as pessoas que tenham acesso a informação, também possam treinar o que aprenderam. A Naya ajuda a colocar a pessoa na pista para começar a fazer e ampliar o repertório que têm. Porque só uma formação de três semanas não vai deixá-los 100% preparados. Além de ser uma rede, temos os equipamentos que as pessoas podem pegar para usar num freela pessoal. A gente pensa em toda essa cadeia para se retroalimentar.

QUE PESSOAS OU EXEMPLOS DE PROJETOS QUE TE INSPIRARAM NA SUA VIDA?
T: Muitas pessoas me inspiram, muitas delas são mulheres negras. O primeiro projeto que eu vi ainda quando eu estava em Brasília e quis participar foi a Escola de Fotógrafos. É um projeto do Observatório de Favela, mas foi criado pelo maravilhoso João Roberto Ripper. Ele tem cinquenta anos de caminhada, fotografando a população ribeirinha, quilombola e várias populações tradicionais. E sempre falou que é possível você falar da dor sem colocar essa pessoa numa situação de exposição. Você pode mostrar a beleza de um afeto e ao mesmo tempo fazer uma crítica social. Ele foi minha primeira referência no sentido de como falar, criar narrativa e tudo mais.
Além disso, o que me inspira diariamente são meus amigos. Antes do Gato Mídia existir, eu era de um coletivo chamado Ocupa Alemão. O Raull (Santiago) que é meu amigão me inspira muito. A Silvana Bahia do Preta Lab, a Marcela Lisboa, a Morena Mariah. Pessoas que estão criando ferramentas para divulgar outras vozes e pensando muito no processo de educação e inclusão.

VOCÊ JÁ VIAJOU MUITO E PODERIA VIVER EM QUALQUER OUTRO LUGAR. POR QUÊ FAZ TANTO SENTIDO SEGUIR DENTRO DA COMUNIDADE QUE TE ACOLHEU HÁ SETE ANOS, O ALEMÃO?
T: Sempre penso na palavra legado, que eu preciso deixar algo no meu tempo e geração. Sempre penso também na favela ser esse polo fértil para potencializar tudo isso que a gente está criando, que muita gente veio antes e virá depois também. Mas, quando me fazem essa perguntar, parece que quem saiu daqui é menos digno. Nós, pessoas negras de periferia, também somos livres para criar o caminho que a gente deve criar. Se a pessoa tiver que ir para outro lugar, isso não é um problema em si. É mais o que você deixa e como você deixa o conhecimento que outras pessoas vão ser autônomas para seguirem fazendo.
MAS VOCÊ SENTE QUE HÁ UMA MUDANÇA, QUE AS PESSOAS HOJE PREFEREM FICAR NAS COMUNIDADES E TRANSFORMAR O AMBIENTE DO QUE SAIR DAÍ?
T: Eu sinto essa mudança sim. Sinto que as pessoas que estão na minha bolha produzindo coisas na favela, pensam ‘eu quero transformar esse lugar, adoro esse lugar, não quero sair daqui, quero que esse lugar seja melhor’.
VOCÊ FALOU DE LEGADO E UM DOS LEGADOS DOS SEUS TRABALHOS CULMINA NA CASA BROTA. O QUE É A CASA BROTA E COMO ELA FUNCIONA?
T: A ideia da Casa Brota veio de muitas mãos dos amigos dos coletivos de comunicação, de cultura e entretenimento, que já pensavam muito nessa necessidade de ter um espaço de casa e coworking. A gente chegou com a ideia de alugar um outro espaço, mas não conseguiu manter. A Casa foi se transformando e temos hoje a “Casa Brota” como uma plataforma para que todos os projetos e pessoas que estão criando coisas inovadoras na cidade possam ter esse lugar para apresentar e potencializar o que elas já fazem.
COMO VOCÊS SELECIONAM AS ATIVIDADES QUE ACONTECEM NA CASA?
T: A gente começou com vários coletivos, depois eu e Marcelo compramos uma casa aqui no Alemão, que é bem no topo. A gente gerencia a casa, o Marcelo é ator e palhaço, e eu fico nas partes dos cursos, porque sou mais ligada a área da educação. Os outros projetos e coletivos, tanto do Alemão e de outras favelas, são parceiros de eventos pontuais. A gente tem o calendário aberto na página do Facebook para fazer essa troca. Eu vou atrás das coisas que estão rolando na cidade e alguns coletivos vêm atrás da gente já com a proposta, por exemplo, o teatro experimental que aconteceu aqui na laje.
A Casa é muito ligada ao empreendedorismo. É sempre interessante para a gente que o empreendedor que venha fazer algo aqui, receba algo também. Se ele vem vender a comida, o dinheiro da comida é dele. Só o bar que é sempre da casa. Temos muitos eventos gratuitos também. É muito importante pensar no negócio social como uma forma de fomentar o ambiente, fazer impacto no território, mas manter os coletivos.
TEM UM DIA AÍ QUE VOCÊS ABREM AS PORTAS PARA RECEBER AS PESSOAS PARA ELAS CUIDAREM DE SI. DE ONDE VEIO ESSA IDEIA E COMO É ESSE DIA?
T: É o Brota Cafuné que acontece uma vez por mês. A gente fala sobre o autocuidado e sempre tenta trazer o tema para o próximo. A galera da comunidade entra nesses eventos, porque discutimos a questão do autocuidado com um linguajar acessível. Todo mundo quer autocuidado e não precisa ser caro. Na verdade, não é caro. A gente tem conhecimento para acessar essas redes. Teve um que falamos sobre a ginecologia natural e vieram várias mulheres para o evento. Tivemos um bate papo com fisioterapeuta para ensinar a se alongar. Já falamos sobre depressão e pânico, porque a galera da nossa idade que convive com tiroteio está tendo muita crise de ansiedade. Vem também vários brechós da Zona Norte e sempre tem alguém que leva comida.

VOCÊ FALOU SOBRE A CASA SER MUITO LIGADA AO EMPREENDEDORISMO. E VOCÊ JÁ SE VIA COMO UMA PESSOA EMPREENDEDORA OU SURGIU NATURALMENTE?
T: Não me via como empreendedora, apesar de que se você olhar para o meu passado, minha vó sempre trabalhou como costureira e a minha outra avó cozinhava para restaurante. O empreendedorismo veio como necessidade de querer trabalhar para mim mesmo, ter o meu próprio tempo. Não me encaixava no jornalismo tradicional e na necessidade de cumprir a pauta. Quis ter as coisas mais livres, mas, óbvio, precisei pagar as contas, porque não tinha ninguém para bancar. A necessidade de empreender veio daí.

VOCÊ FALA MUITO SOBRE A MUDANÇA DE TERMOS, COMO POR EXEMPLO O COWORKING QUE AGORA TEM ESSE NOME, MAS SEMPRE EXISTIU NA FAVELA. VOCÊ FALA TAMBÉM SOBRE A GAMBIALOGIA. O QUE É?
T: Já existe gambiarra há muito tempo. É como se a gente estivesse produzindo as coisas e a galera de fora sempre estivesse olhando, dando novos nomes e querendo criar coisas que a gente já faz. Naquela ideia da autonomia, vem o fato de que a gente também pode dar nome praquilo que a gente produz, para sair desse lugar de objeto de estudo. Se você colocar no YouTube sobre gambiarra, vai aparecer um monte de homem que nem é de periferia falando disso. Se você andar na rua nas favelas, você vê gambiarra por todos os lados. É só ver as casas uma em cima da outra e não caí nada. É uma gambiarra a própria forma de aprender e estudar.
Quando a gente decidiu colocar o nome da Casa Brota de Coworking da Favela, a gente pensou que ninguém ia saber o que era coworking, mas aí a gente pensou que tínhamos também que afirmar tais nomes até para dizer que isso não é uma invenção. A gente já fazia isso. Também tem a seviralogia, que nada mais é do que o que o pobre mais faz na vida: se virar.

VOCÊ JÁ FALOU MUITO SOBRE A OBRIGAÇÃO DE SEMPRE FALAR DOS MESMOS TEMAS. POR SER UMA MULHER NEGRA DE FAVELA, TEM SEMPRE QUE FALAR SOBRE SER DE UMA MULHER NEGRA DE FAVELA. ISSO INCOMODA?
T: Eu acho importante e acho que incomoda. Estava hoje em um bate papo com meninas pré-candidatas, todas negras, e falamos muito sobre a importância das pessoas negras não estarem só na Secretaria de Diversidade Racial ou então na de mulheres. Nós somos pessoas universais e podemos falar sobre tudo. Apesar de ser importante termos esses espaços para falar sobre negritude e ser mulher, é uma linha muito tênue, porque até que ponto eu só posso falar disso? Posso falar sobre ser mulher, sobre ser negra, mas eu quero estar no lugar que eu possa falar como profissional sobre meu objeto de estudo: tecnologia, gambiarra e inovação. É importante existe representatividade e poder ser uma referência, mas as coisas têm que andar junto.

VOCÊ ACHA QUE O QUE ESTÁ SENDO FEITO NA FAVELA JÁ TOMOU UMA PROPORÇÃO GRANDE PARA SER RECONHECIDO POR QUEM É DE FORA DA COMUNIDADE?
T: O fato do reconhecimento das pessoas de fora dessa criatividade e do que está sendo feito nas favelas é muito mais por pressão. Hoje em dia é feio você fazer um evento e não ter mulher. Você faz uma roda de conversa e não ter negro. Acho que em alguns momentos ainda falta o real entendimento de que essas pessoas são capazes. Ainda tem aquele pensamento estereotipado com pessoas da favela, como se não houvesse autonomia no fazer. Se você for ver nos eventos de inovação do ano passado, o número de mulheres, mulheres negras e pessoas de periferia é sempre muito pequeno. E são sempre as mesmas pessoas. Eu ainda não vejo de fato números proporcionais quando a gente vê congressos ou festivais falando sobre inovação, comunicação e tecnologia. Essas pessoas que falam de tecnologia ainda não recebem a gambiarra como parte disso, sempre falam da robótica e alta tecnologia.
O ESTADO SEMPRE ESTEVE MUITO AUSENTE NAS PERIFERIAS, ONDE VOCÊ VIVEU A VIDA TODA. VOCÊ TEM ESPERANÇA DE QUE O ESTADO FAÇA A SUA PARTE OU ACREDITA MAIS QUE AS COISAS VÃO SE DESENVOLVER A PARTIR DA SOCIEDADE?
T: Essa pergunta é muito difícil responder. O Estado tem que fazer a parte dele, mas por outro lado eu estou desacreditando total. Ao mesmo tempo que eu acho fundamental a gente disputar política institucional, a gente não pode deixar de fazer o que a gente sempre fez e criar as nossas próprias alternativas de se retroalimentar. Criar mecanismos da educação já que não temos educação pública de qualidade, pensar saúde, creche comunitário. Tem que andar junto. Cobrar política institucional e fazer por nós mesmos, do jargão clássico do ‘nós por nós’. É isso!
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